O que é vidro delaminado?
O vidro blindado é, na verdade, um “sanduíche” de materiais com características
físicas bem distintas. Ele é formado de camadas de cristal e polímeros (policarbonato,
poliuretano e polivinil butiral são os mais comuns, mas depende bastante da receita
de cada fabricante), que são curvadas em fornos e unidas entre si numa máquina
chamada “autoclave”. Sob ação de temperatura e pressão, esses diferentes materiais
se fundem e se tornam uma única peça.
Com a passagem do tempo e a exposição do vidro às intempéries, essas camadas tendem a se separar – pois cada uma se comporta de forma diferente à ação dessas forças. Quando elas se separam, entra ar e voi là: delaminação.
O processo de recuperação desses vidros é chamado “reautoclavagem” – um neologismo inventado para dizer que o vidro volta para a autoclave onde foi feito e é reprocessado, de modo que as camadas voltem a se unir.
Este processo só funciona se não houver contaminação interna do vidro ou trincas externas.
Em qualquer caso, há risco de quebra na máquina e aí é necessário comprar um vidro novo.
Quando há contaminação da última camada, de policarbonato, é necessário trocá-la.
CUIDADO: Muita atenção, pois existem empresas que removem a camada
de policarbonato e não voltam a colocá-la! Esta é sem dúvida a maneira mais fácil de
se livrar da delaminação, mas junto com as bolhas está indo a proteção balística contratada.
Existem hoje uma série de empresas “freelancers” que vendem serviços de recuperação de vidros blindados. Cuidado aí, pois o vidro blindado é considerado um produto controlado pelo Exército Brasileiro e, para manuseá-lo, a empresa precisa ser credenciada para tal. Exija o Certificado de Registro (CR) da empresa instaladora e, caso precise substituir alguma peça, exija o Relatório Técnico Experimental (Retex) que atesta que o fabricante do vidro teve sua “receita” aprovada pelo Exército.
Desta forma, você adiciona alguns anos de vida útil a sua blindagem, conseguindo um melhor valor de revenda na hora da substituição.